Por Joyce Magalhães
Quando nosso peludo apresenta crise convulsão, é desesperador para quem está presente, é uma condição que traz prejuízos a saúde, segurança e ao bem-estar dos nossos amigos. Essas crises são de origem nervosa, promove perturbação motora (contrações involuntárias), alteração de sensibilidade e de consciência, as causas são diversas e os tratamentos específicos para cada caso.
As principais origens são: trauma (ex: queda ou atropelamento); tumores cerebrais, hipoglicemia e outras alterações metabólicas, doenças infecciosas ou inflamatórias (ex: Cinomose), má formação do cérebro, acidente vascular cerebral (AVC) e intoxicação.
Foto: @viralataspi Dogmodel : Max
Geralmente, as crises são mais comuns em cães e gatos com idade menor que quatro anos, e existem algumas raças específicas que têm maior predisposição, tais como, Pastor Alemão, Setter, Poodle Toy, São Bernardo, Husky Siberiano, Beagle, Fox Terrier, Cocker Spaniel e Dachshound, entre outros. Animais com doenças cardíacas, diabetes ou hipertensão - também contam com maior probabilidade de (AVC), seja por obstrução ou ruptura de vasos.
Os estímulos que causam as convulsões podem ser focais (afeta uma pequena área do cérebro) e quando mais grave, generalizada (afeta várias áreas do cérebro) , o animal apresenta nesse momento sinais como rigidez, tensão ou tremor, sintomas que podem atingir o maxilar, membros, provocando respiração ruidosa, sangramentos por mordedura em língua ou bochecha e defecação e micção involuntários. Momentos antes de uma crise, o seu pet pode manifestar alguns sinais, mudanças, tais como agitação, procura excessiva pelo tutor ou necessidade de tentar se esconder.
Foto: @Bichosemimospi Catmodel : Mel
Nesse momento, é necessário:
- Evitar barulhos excessivos e agitação, pois quanto mais calma o ambiente, melhor o retorno da crise, certifique-se que o ambiente que o rodeia está seguro, que nada possa machucá-lo enquanto está tendo as convulsões;
- Ligar imediatamente para o veterinário, se possível, marque quanto tempo dura uma crise, pois crises graves e longas podem ser mortais;
- Colocar proteção para que ele não bata a cabeça; lembre-se que com a ocorrência do episódio convulsivo e conseqüente diminuição do fluxo de oxigênio cerebral, é recomendado que o animal tenha atendimento imediato;
- Pessoas muito nervosas, crianças e outros animais devem ser levados para outro local;
- Não grite, não tente fazer parar, nesse momento seu peludo não consegue entendê-lo, por isso evite as estimulações sonoras ou luminosas que são um estresse a mais que podem favorecer a demora das convulsões.
- Não coloque as mãos próximas da boca do cão ou gato, evitando a possibilidade de mordidas acidentais (devido a movimentos involuntários).
Foto: @viralataspi Dogmodel: Duke
Após a estabilização do quadro o e atendimento médico veterinário emergencial, o diagnóstico da convulsão deve ser realizado através de exames. Em muitos casos, a suspeita da causa da convulsão é associada com quadros de epilepsia; mas, antes de se definir esse diagnóstico, é necessário que uma avaliação específica seja feita por um médico veterinário especializado, observe se o seu animal, ao final de uma crise, está sendo acolhido com toques suaves e voz mansa para que retome os sentidos com tranqüilidade.
Foto: @viralataspi Dogmodel : Darth Varder
Em alguns casos, a internação para suporte se faz necessária, permitindo que seja feita a indução de coma (com infusão de medicações que ajudem a controlar o quadro) e o suporte ventilatório (oxigenioterapia, ventilação controlada) – evitando parte dos riscos de sequelas neurológicas ou a morte do animal.
A convulsão é sempre uma manifestação clínica, e por trás dessa manifestação existe uma causa que precisa ser investigada, por isso não deixe o tempo passar, leve seu pet ao médico veterinário.
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